Já era noite,
podia se notar os estragos daquele dia (ou seria noite) das bruxas: Casas com
ofensas pichadas, cobertas de papel higiênico, aboboras destruída, porém, isto
não tem menor importância... Ao menos não para aquele rapaz que andava em
passos lentos pela rua.
Aquela rua
estava totalmente deserta, as luzes das casas nem sequer estavam acesas e dos
postes só podia se contar duas luzes funcionando. Esqueço-me de mencionar, mas
o rapaz em questão voltava de uma festa e não estava fantasiado e nem alcoolizado.
Os cachorros não paravam de latir e uivar a medida que ele andava. Mais a
frente, ele observa uma sombra mas a ignorou e quando chegou em um dos clarões
feitos pela lanterna viu uma mulher loira, de vestido preto que era bela.
- Por favor, me
ajude... – disse ela – Minha casa é no fim da rua, está muito escuro e estou
com medo...
- Tudo bem, eu
te acompanho... – Disse o rapaz e eles foram conversando pelo caminho. Os
cachorros desta vez pareciam estar malucos e não paravam de uivar e chorar.
Assim, eles
andaram e passaram pela segunda clareira de luz e já estavam na ultima, quase
no fim da rua quando a mulher virou para o rapaz e então disse:
- Acho que você
ficará por aqui- A voz dela passou de suave a estridente até que com suas unhas
ela agarrou os olhos do rapaz e o arrancou. O rapaz gritou, tentou falar, porém
não saia nada e percebeu que sua língua estava enrolada. Sentiu uma forte
pontada no peito que ia rasgando-o até o pescoço, aquele rasgão foi feito por
um punhal que foi enfiado em seu peito pela mulher.
O rapaz caiu ali, inerte, morto.
Alguns símbolos surgiram na sua testa neste momento. A mulher simplesmente
continuou andando até desaparecer e assim acabou o dia das bruxas para aquele
rapaz... E também a vida dele.